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"QI" vale mais que currículo em Brasília

Postado em: 02/01/2010

O famoso “QI: quem indica” continua sendo a principal maneira de conseguir um emprego. Uma pesquisa (1)divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que quase 50% dos trabalhadores ocupados no Distrito Federal conquistaram a vaga por meio de sua rede de contatos pessoais. Entre os funcionários de empresas privadas, o QI é responsável por 59,1% do total de postos ocupados. O percentual sobe ainda mais quando se trata de trabalhadores domésticos: 89,9% conseguiram emprego com a ajuda de parentes, amigos ou conhecidos. O contato direto com a empresa ou o empregador vem em segundo lugar. Os concursos públicos aparecem em terceiro lugar como forma de inserção no mercado de trabalho. As agências especializadas em intermediação de mão de obra têm uma participação menor: as privadas são responsáveis por 2,2% das colocações, e as públicas, por apenas 0,9%.

“A indicação continua sendo o fator mais decisivo para conseguir um emprego, o que não é um mecanismo muito objetivo. Os critérios não se baseiam exclusivamente na qualificação dos profissionais”, afirma o economista do Dieese, Tiago Oliveira.

A especialista em recursos humanos Marillac de Castro, da Intellijob, alerta que a indicação conta pontos, mas é preciso se esforçar para passar no funil do processo de seleção. “A indicação abre portas, mas não é decisiva na hora da contratação. O profissional não deve se apegar apenas à possibilidade de ser indicado, tem que se aprimorar, ter boa escolaridade, um elevado nível intelectual e cultural, e noções do mercado de trabalho”, acrescenta.

Marillac de Castro diz ainda que o indicado precisa saber perservar essas relações. “Uma mesma pessoa pode indicar mais de uma vez”, completa a especialista. Foi o que aconteceu com a moradora da Asa Sul Renata Araújo e Silva, 27 anos. Ela conseguiu os dois últimos empregos com a ajuda de uma mesma amiga. Formada em turismo, Renata estava desempregada quando a amiga sugeriu que fosse trabalhar em uma loja varejista. Em janeiro deste ano, ela pediu demissão para abrir o próprio negócio, que não foi adiante. Depois de desistir da ideia de virar empresária, ela recorreu à mesma pessoa, que lhe ajudou novamente. Renata atualmente é gerente de uma loja de roupas. “Acho que é mais fácil conseguir quando alguém indica. Hoje, conta muito a questão da confiança, ainda mais para um cargo de gerência”, diz.

A escolaridade elevada também a ajudou na hora da seleção, acredita Renata. Além do diploma de nível superior completo, ela tem outro, de pós-graduação. O estudo do Dieese confirma: a escolaridade é o principal requisito exigido pelo empregador na hora de contratar um funcionário. Dos trabalhadores ocupados em cargos assalariados no DF, 62,2% dizem que o currículo escolar foi o que mais pesou. A experiência profissional foi o fator mais importante para 25,8% e ter cursos ou outros conhecimentos garantiu o emprego de 21,8%. “A escolaridade pesa mais no serviço público. Os servidores passam por mais exigência em um concurso público”, analisa o economista Júlio Miragaya, do Conselho Federal de Economia. De acordo com a pesquisa, a escolaridade foi o fator decisivo para 91,8% das contratações no serviço público.

Quem consegue um emprego por ter maior nível de escolaridade não só ganha como permanece mais tempo no posto. Os salários giram em torno de R$ 2.451 e os profissionais estão, em média, há sete anos e oito meses na mesma ocupação. Quem ingressou por ter bons cursos de capacitação ou conhecimento em determinada área está com o mesmo empregador há cinco anos e oito meses e tem um salário médio de R$ 2.065. Os que foram contratados por ter experiência profissional, estão há quatro anos e ganham menos, em torno de R$ 1.420.

Do total de trabalhadores na capital federal, segundo o Dieese, 36,8% fizeram cursos de capacitação e de qualificação. Quase dois terços deles tiraram do próprio bolso os recursos para o curso. Um quinto aproveitou a oportunidades gratuitas e 15,7% foram bancados pela empresa em que trabalham. Quase metade dos brasilienses (47%) acredita que não é necessário se qualificar ou não tem interesse. Um quarto diz não ter tempo, 18% alegam não ter recursos, 5,8% não preenchem os pré-requisitos e 3,8% atribuem a outros fatores. O Governo do Distrito Federal oferece cursos gratuitos e ajuda na intermediação de mão de obra. A dica dos técnicos do Dieese é para que os profissionais busquem as agências do trabalhador.

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